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  • Foto do escritorLucas Bichinque

Conselho Universitário da UFRGS aprova destituição do reitor e da vice-reitora



O Conselho Universitário (Consun) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) aprovou nesta sexta-feira (1º), por 60 votos a 2, o pedido de destituição do reitor da instituição, Carlos André Bulhões Mendes, e da vice-reitora, Patrícia Pranke.


A Associação dos Servidores da UFRGS (Assufrgs) cita oito motivos que justificaram a decisão:


  1. Casos de censura envolvendo a comunicação institucional

  2. Desrespeito às decisões dos conselhos superiores

  3. Falta de cumprimento por parte da Administração Central de suas funções

  4. Conflitos e judicialização de membros da comunidade universitária

  5. Ausência do reitor nos conselhos superiores

  6. Desmonte de projetos e programas que eram centrais para a vida acadêmica

  7. Evidências de irregularidades, de falta de transparência na gestão de recursos e de tentativa de aprovação de projetos por parte da reitoria à revelia das devidas instâncias da universidade

  8. Falta de gestão durante a pandemia e no retorno às aulas e atividades presenciais

Por meio da assessoria de comunicação da UFRGS, a reitoria disse que "recebe com tranquilidade o resultado da sessão do Conselho Universitário" (confira a nota, na íntegra, abaixo).

"Todas as alegações de supostas irregularidades foram arquivadas, já na primeira tentativa de destituição, pelas instâncias técnicas e jurídicas, as quais têm reconhecido a probidade dos atos da gestão".

A decisão sobre se Mendes e Patrícia permanecerão ou não nos cargos cabe ao Ministério da Educação (MEC). O processo conduzido pelo Consun ainda vai ser encaminhado ao governo federal. Caso o MEC seja favorável à destituição, uma pessoa vai ocupar o cargo de reitor até o final do mandato, que segue até setembro de 2024.


Bulhões foi nomeado reitor da UFRGS pelo então presidente Jair Bolsonaro, em setembro de 2020. O docente ficou em terceiro e último lugar na consulta à comunidade acadêmica realizada em julho daquele ano e, posteriormente, na lista tríplice de indicados pelo Consun. O primeiro colocado foi o então reitor Rui Oppermann, que ingressou na Justiça reclamando o mandato.


De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), não é obrigatória a nomeação, como reitores das universidades e institutos federais, do primeiro nome da lista tríplice. Porém, a ordem definida pela comunidade universitária costumava ser respeitada pelo governo federal.


Nota da reitoria da UFRGS

"A Reitoria da UFRGS recebe com tranquilidade o resultado da sessão do Conselho Universitário. Todas as alegações de supostas irregularidades foram arquivadas, já na primeira tentativa de destituição, pelas instâncias técnicas e jurídicas, as quais têm reconhecido a probidade dos atos da gestão. Por estas razões, inclusive, 14 decanos do Consun se negaram a conduzir a sessão desta sexta-feira.


Lamentamos que esses movimentos ocorram enquanto a UFRGS acumula bons resultados e reconhecimentos nacionais e internacionais. Estamos na ponta de mais de 25 rankings que atestam a excelência da universidade — exemplo do Ranking Universitário Folha, divulgado na última semana, no qual somos a melhor federal do país. E esta semana, recebemos dois prêmios do Ministério da Educação por trabalhos da gestão, durante o 1° Concurso de Boas Práticas do MEC.


Mesmo com recursos cada vez mais restritos, por conta das limitações orçamentárias, somos a universidade federal que mais investe na assistência estudantil. Este ano, celebramos a formatura de mais de 180 mil alunos do curso Saúde com Agente, liderado pela UFRGS, que atuarão como agentes comunitários de saúde e de combate a endemias em todo o Brasil. E na pandemia, as ações da universidade beneficiaram milhões de pessoas, com a realização de testes, armazenamento e transporte de vacinas, além de todas as medidas de preservação da comunidade acadêmica.


Essa é a UFRGS que cumpre seu objetivo de ser uma universidade aberta, plural e que contribui com o desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil — e assim seguiremos, com tranquilidade e muito trabalho, até o final desta gestão.


Porto Alegre, 01 de dezembro de 2023".


Fonte: G1 RS

Foto: Karine Viana | Divulgação

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