Com o recente aumento de casos de dengue e a persistência da pandemia de COVID, gestores estaduais e municipais de saúde se preparam para um possível aumento na demanda por serviços de saúde nas próximas semanas. Mudanças nos horários de funcionamento das unidades de saúde e reforço nas equipes estão sendo planejados como resposta à situação emergente.
Nas primeiras seis semanas do ano, os casos de dengue no Brasil quadruplicaram em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando mais de 512 mil casos suspeitos. Ao mesmo tempo, o número de novos casos semanais de COVID tem se mantido acima de 36 mil, com um aumento consistente nas últimas semanas, de acordo com números do Ministério da Saúde.
A combinação desses dois cenários representa um desafio adicional para o sistema de saúde pública, particularmente em meio às aglomerações típicas do Carnaval e ao retorno às aulas. A confusão entre os sintomas das duas doenças também complica o diagnóstico e tratamento.
Gestores em todos os níveis do Sistema Único de Saúde (SUS) estão mobilizando esforços para enfrentar essa crescente pressão, incluindo a ampliação das equipes, extensão dos horários de atendimento e capacitação dos profissionais de saúde.
Embora os desafios sejam significativos, a coordenação entre as esferas estadual e municipal tem sido destacada como fundamental para uma resposta eficaz. Porém, cidades menores enfrentam desafios adicionais devido à falta de recursos e pessoal.
Enquanto os esforços se concentram na preparação para enfrentar a dengue, especialistas alertam para a necessidade de não negligenciar a resposta à COVID, dada a gravidade da situação.
A rede de saúde está se preparando para oferecer diagnóstico e tratamento adequados para ambas as doenças, visando evitar complicações e garantir uma resposta eficaz diante desse cenário desafiador.
Foto: Marcelo Casagrande / Agencia RBS
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