A noite de ontem (21) reservou um espetáculo incomum para os céus do Rio Grande do Sul, quando astrônomos e especialistas da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) registraram a presença de um objeto luminoso em imagens captadas por três câmeras. Embora desperte a curiosidade, os especialistas garantem que não se trata de uma ameaça extraterrestre nem de um meteoro.
Após minuciosa análise, os especialistas concluíram que o objeto em questão possui características artificiais, descartando a possibilidade de ser um meteoro. Fabrício Colvero, fundador do Bate-Papo Astronômico, explicou que há indícios de que o objeto seja lixo espacial ou até mesmo um satélite, considerando sua natureza oscilante. "O brilho oscilante é uma característica de objetos que estão girando no próprio eixo: eles giram, e sua estrutura reflete a luz solar", destacou Colvero.
As imagens foram capturadas por duas câmeras do observatório Bate-Papo Astronômico, localizado em Santa Maria, e por uma câmera do Clube da Astronomia, em Santo Ângelo, contribuindo para a precisão das análises.
Marcelo Zurita, da Bramon, assumiu a responsabilidade pela investigação e está em contato com uma empresa especializada no lançamento de satélites para determinar a origem do misterioso objeto. No entanto, todas as possibilidades estão sendo consideradas, inclusive a hipótese de ser lixo espacial, que consiste em objetos em órbita sem uso e fora de controle.
O caso desperta não apenas a curiosidade dos especialistas, mas também a atenção do público em geral, ressaltando a importância do monitoramento contínuo do espaço e a necessidade de identificar e rastrear objetos em órbita terrestre para evitar possíveis colisões e garantir a segurança das atividades espaciais e satelitais.
Foto: Reprodução | Bate-Papo Astronômico
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