Os antecedentes criminais de Deibson Cabral Nascimento, 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, 36 anos, que escaparam do Presídio Federal de Mossoró (RN) na quarta-feira (14), sugerem indivíduos envolvidos em atividades violentas e brutais, como indicam os inquéritos abertos contra eles no Acre.
Ambos são afiliados ao Comando Vermelho e têm participado de conflitos com outras organizações criminosas no estado, todas ligadas ao tráfico de drogas. Deibson, conhecido como "Tatu" ou "Deisinho", é considerado de alta periculosidade, com histórico de tentativas de fuga e envolvimento em planos de ataque a policiais militares. Rogério, por sua vez, também é descrito como um criminoso extremamente frio, evidenciado por sua conduta violenta e pela presença de uma tatuagem nazista em uma das mãos. Além disso, há registros de sua participação em assassinatos, incluindo o de um adolescente em 2021. Ambos estiveram envolvidos em uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves em 2023, resultando em cinco mortes.
O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, tomou medidas urgentes para recapturá-los, incluindo o envio de agentes e peritos federais para investigação e ação, bem como a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco).
Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), divulgou nota à imprensa:
Em relação à fuga de dois detentos da Penitenciária Federal de Mossoró, Estado do Rio Grande do Norte, nesta quarta-feira (14), o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, adotou as seguintes providências:
1. Determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo.
2. Acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos, ação que já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
3. Ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.
4. Instruiu a Polícia Federal (PF) para que efetuasse o registro dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol, bem como a sua inclusão no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade policial internacional;
5. Mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que realize o monitoramento das rodovias sob sua jurisdição e dê suporte à recaptura dos presos.
6. Mandou que fosse realizada uma imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.
Foto: Divulgação / SENAPPEN
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