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Papel reciclado
  • Foto do escritorLucas Bichinque

Justiça determina que postagem de Jean Wyllys contra Eduardo Leite seja removida



A Justiça determinou que a publicação em que o ex-deputado federal Jean Wyllys critica o governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), por manter as escolas cívico-militares seja removida. A decisão é desta quarta-feira (26) e atende pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS).


Na publicação, feita em 14 de julho, Jean Wyllys escreveu que "gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes".


O advogado Lucas Mourão, que representa o ex-deputado federal, afirma que "Jean é um democrata e, portanto, seguirá a determinação judicial".


O Poder Judiciário também determinou a quebra de sigilo de dados do ex-deputado federal e deu cinco dias para que os dados sejam fornecidos. De acordo com o MPRS, dados são informações cadastrais do usuário, como perfis vinculados à conta e outros dados armazenados, além da localização do celular ou computador no momento da publicação.


Conforme o Ministério Público, Jean Wyllys é investigado por injúria contra funcionário público e por praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional. No despacho, consta que o ex-deputado agiu "de forma criminosa" ao proferir "ofensas homofóbicas à pessoa do governador".


Em caso de descumprimento da decisão, a multa diária fixada pela Justiça é no valor de R$ 100 mil.


O bate-boca


Leite e Wyllys discutiram no Twitter no dia 14 de julho, após o g1 ter publicado uma notícia de que o estado vai manter as escolas cívico-militares. O bate-boca gerou quase 4 milhões de visualizações e dominou os assuntos em alta no dia nos últimos dias.


Entenda, abaixo, o que aconteceu.


Qual o motivo da discussão?

Eduardo Leite publicou em seu perfil no Twitter um print da reportagem do g1 e disse que o governo do Rio Grande do Sul iria manter as escolas cívico-militares. Atualmente, há 18 instituições estaduais nesse modelo.


Jean Wyllys fez uma publicação em resposta a de Leite, acompanhada de um print da postagem do governador, criticando a medida, mas, principalmente, o fato da decisão ter partido de um político assumidamente gay.


Leite foi o primeiro presidenciável a admitir publicamente sua homossexualidade. Isso ocorreu em 2021, durante entrevista a Pedro Bial.


Para tentar explicar a razão do governador gaúcho ter mantido as escolas cívico-militares, disse que se tratava de "homofobia internalizada".


"Que governadores heteros de direita e extrema-direita fizessem isso já era esperado. Mas de um gay…? Se bem que gays com homofobia internalizada em geral desenvolvem libido e fetiches em relação ao autoritarismo e aos uniformes; se for branco e rico então… Tá feio, bee!", diz o tweet.

Como o governador do RS reagiu?

Leite chamou Wyllys de "ignorante", pois sua fala "em nada contribui para construir uma sociedade com mais respeito e tolerância".


Para Leite, que já disse ser um "governador gay" e não um "gay governador", as pautas LGBTQIA+ não entram em conflito com a defesa de uma política de manutenção, por exemplo, de um programa cívico-militar, apesar do histórico de embate entre os grupos.


"Nesse Brasil com pouca integridade, nesse momento, a gente precisa debater o que se é, para que se fique claro e não se tenha nada a esconder", disse em entrevista a Bial.


Fonte: G1 RS

Foto: Montagem G1


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