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Papel reciclado
  • Foto do escritorYuri Teixeira

MP quer aumentar pena de condenada pela morte do filho em Planalto; defesa pede anulação do júri

O Ministério Público (MP-RS) entrou com recurso em que pede aumento de pena de Alexandra Dougokenski, condenada a 30 anos e dois meses de prisão pelo assassinato do filho Rafael Mateus Winques, de 11 anos. No júri, realizado em janeiro, os jurados consideraram a ré culpada pelos crimes de homicídio qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.


No recurso apresentado ao Poder Judiciário, o MP requer que seja reformada a sentença com relação à pena aplicada. Os promotores Michele Kufner, Diogo Taborda e Marcelo Vieira pedem que sejam consideradas como negativas a personalidade e as consequências do crime, o que aumentaria a pena.


A defesa de Alexandra Dougokenski quer a anulação do júri e a redução da pena. Segundo o advogado Jean Severo, são três os pontos que embasam o pedido. São contestados a presença de dois promotores de outras comarcas que atuaram no caso, a manifestação emotiva de dois jurados e o silêncio de testemunhas que foram incluídas como informantes.


No primeiro dia do julgamento, depuseram uma ex-professora de Rafael e dois delegados que participaram da investigação. No segundo, os jurados ouviram familiares da vítima e da ré, como o irmão de Rafael e filho de Alexandra, o pai do menino, além do irmão e a mãe da acusada.


No terceiro dia de júri, houve interrogatório da ré Alexandra Dougokenski. Ela responsabilizou o ex-companheiro Rodrigo Winques pela morte do filho. Tanto Rodrigo quanto sua defesa negam a versão apresentada pela ré.


Após essa etapa, os jurados assistiram ao debate entre acusação e defesa, antes de se reunirem para definir a sentença de Alexandra. "Mãe nenhuma colocaria o corpo do próprio filho no lixo, na casa do lado", afirmou o promotor Diogo Taborda.


A defesa sustentou que o pai de Rafael seria responsável pelo crime, sugerindo que ele havia mentido sobre sua localização no dia da morte do menino. "A absolvição da Alexandra é uma oportunidade de reconstruir a vida do filho. Vocês vão estar absolvendo duas pessoas: ela e esse menino", disse o advogado Jean Severo.


Nova investigação

A Justiça de Farroupilha, na Serra, determinou que a Polícia Civil realize novas investigações sobre a morte de José Dougokenski, ex-companheiro de Alexandra. Ele foi encontrado morto em 2007, num caso inicialmente concluído como suicídio. A família suspeita que ele tenha sido morto e por isso o caso foi reaberto.


O juiz Enzo Carlo de Gesu determinou que a polícia vá até a casa da vítima, em Linha Julieta, interior de Farroupilha, para ver se ela ainda existe e para que lá possa ser feita a reconstituição do caso. Por fim, o juiz solicitou o registro de ligações à Brigada Militar no dia 5 de fevereiro de 2007, quando José foi encontrado morto.

Fonte: G1/RS

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