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Papel reciclado
  • Foto do escritorYuri Teixeira

Mulheres ganham em média 37% menos que homens no RS, aponta estudo

Um estudo da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) revela que, mesmo com nível de escolaridade mais avançado, as mulheres ganham em média 37% menos que os homens no estado. O RS é o quarto estado com maior diferença salarial entre gêneros.


O levantamento foi conduzido pelo Data Social da PUCRS a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o estudo, cerca de 31% das mulheres ocupadas tinham Ensino Superior completo, contra 21% dos homens. No entanto, eles recebem em média R$ 2.700 a mais que elas.

"A gente percebe que as mulheres têm feito um esforço muito grande pra investir em educação, pra se qualificar, mas ainda assim a diferença salarial de quem tem ensino superior é maior. E mesmo lá no outro extremo, das pessoas com menor escolaridade, sem instrução e ensino fundamental completo, as mulheres têm uma renda menor que os homens e são menor numero", avalia a pesquisadora à frente do estudo, Izete Bagolin.


A diferença salarial se mantém mesmo quando se compara homens e mulheres com experiências profissionais semelhantes, mesma carga horária e mesmas funções. A vantagem deles é em média 24% maior. Uma realidade que pouco se alterou nos últimos dez anos.


"A mulher fica muitas vezes tendo que provar pra empresa, pra sociedade, e muitas vezes chega ao ponto de ter que provar pra ela mesma, porque ela se questiona com crenças que muitas vezes são limitantes e que fazem com que realmente ela se sabote e não acredite no seu potencial", explica a psicóloga e especialista em diversidade Isaura Gisele de Oliveira.


Conforme Isaura, a conquista da equiparação salarial depende de políticas de gestão dentro das empresas. E também da mudança de mentalidade que envolve lideranças muitas vezes exercidas por homens.


"Nós buscamos sempre perceber e buscar empresas que tenham programas de salários, de cargos e salários, muita empresas já possuem. Ainda assim, a gente precisa de treinamento dessa liderança, pra que essa liderança entenda que num processo seletivo a gente precisa ter uma porcentagem equilibrada de homens e mulheres e valorizar as competências delas e a potencialidade", afirma Isaura.

Fonte: G1/RS

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