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Papel reciclado
  • Foto do escritorYuri Teixeira

Passagem de ciclone que provocou enchentes e deixou 50 mortos no RS completa um mês

No dia 3 de setembro, um domingo, o RS estava em alerta para a passagem de um sistema de baixa pressão, que se movia pelo estado em direção ao mar, e que se transformaria em um ciclone extratropical. Nesta terça-feira (3), completa-se um mês que o desastre climático começou a se formar. A tragédia arrasou cidades no Vale do Taquari, e deixou 50 mortos e 8 desaparecidos.


O ciclone se formou na noite de segunda (4). Ao longo do dia, as chuvas fortes já tinham atingido mais de 50 cidades. Seis pessoas morreram, a maioria na Região Norte.


Na madrugada de terça (5), as cidades do Vale do Taquari foram atingidas pela cheia do rio que passa pela região. Somente neste dia, foram confirmadas 15 mortes, todas na cidade de Muçum. Começou uma operação para resgate dos atingidos e busca por desaparecidos, e a cada dia, novas mortes e desaparecidos foram confirmadas pela Defesa Civil estadual.


Até o momento, 50 pessoas morreram e oito pessoas seguem desaparecidas.


Das mais de 100 cidades com estragos devido às enchentes, a maioria se situa na região do Vale do Taquari. Somente em Muçum, mais da metade das residências foram totalmente destruídas. Milhares de pessoas ficaram desabrigadas e foram acomodadas em casas de familiares ou em abrigos mantidos pelas prefeituras.


Em algumas cidades, prédios públicos e moradias foram totalmente arrasados. Produtores rurais perderam as lavouras. Em Roca Sales, o Hospital Roque Gonzales foi totalmente destruído. 28 dias depois, no último domingo (1º), a instituição reabriu as portas. Entre perdas habitacionais, no setor privado e nos órgãos públicos, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) estima em R$ 1,3 bilhão o total de prejuízo.


Nesta segunda-feira (2), começaram os trabalhos para construir as moradias de passagem para os desabrigados. Terrenos em Arroio do Meio foram terraplanados para a construção de 40 moradias.

A construção de moradias provisórias nas demais cidades atingidas terá início após a definição da demanda e das áreas que receberão as casas, diz o governo do estado. As casas serão doadas pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil do RS.


O governo do estado classificou as chuvas de setembro como o pior desastre natural já registrado no estado. Antes, a passagem de outro ciclone já havia deixado 16 mortos em municípios do Litoral e da Região Metropolitana de Porto Alegre.


Segundo a Climatempo Meteorologia, em três meses, nove ciclones atingiram o estado. Combinado com a ação do El Niño, as formações do fenômeno se intensificam.


O El Niño se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico. A Climatempo Meteorologia afirma que durante a primavera a tendência é que o fenômeno ganhe força. Com isso, mais ciclones podem se formar, ou outros sistemas de baixa pressão atmosférica, que podem provocar mais chuva sobre o RS.

Fonte: G1/RS

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