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Papel reciclado
  • Foto do escritorYuri Teixeira

Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão no RS

Uma operação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgatou 11 trabalhadores de Minas Gerais e de Santa Catarina em condições análogas à escravidão em uma propriedade rural de Aratiba, no Norte do Rio Grande do Sul.


A ação, realizada no dia 31 de outubro, foi divulgada nesta quarta-feira (8) e contou com o apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).


Os trabalhadores foram encontrados em um alojamento em condições precárias, sem água potável nem camas para todos. Veja vídeo acima A força-tarefa constatou irregularidades na aplicação de agrotóxicos usados nas lavouras de tomate para tratar inseticidas, que eram manuseadas sem a utilização de equipamentos de proteção.


O local foi encontrado após uma denúncia anônima. Um dos trabalhadores, Vonei Antônio Dias, de 27 anos, veio de Caçador, em Santa Catarina, e relatou as dificuldades enfrentadas no local.


"O mais difícil eram os dias de chuva, que alagava tudo. Teve um dia que levantamos às 3h da manhã porque o alojamento estava todo alagado", lembra.

Mesmas condições enfrentadas por Vanildo Rodrigues de Souza, 36 anos, que veio de Capelinha, Minas Gerais, e disse nunca ter passado por situação parecida.

"Sem luz, sem água, bebendo água suja porque estávamos com sede. O patrão não deu nenhum auxílio para nós. A gente não merecia passar por essa humilhação", diz


Um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi firmado entre o empregador e os órgãos de fiscalização. Segundo o MTE, o proprietário se comprometeu a pagar os salários retidos dos últimos seis meses — período em que os trabalhadores estiveram em Aratiba.


O empregador foi notificado a providenciar a rescisão dos contratos de trabalho, efetuar o pagamento dos créditos trabalhistas e a comprar a passagem de retorno para as cidades de origem dos trabalhadores. A volta para casa está prevista para a próxima quinta-feira (9).


Uma indenização também será paga aos empregados. Somados, os valores ultrapassam os R$ 200 mil. O empregador também poderá responder na esfera penal por redução do trabalhador à condição análoga à de escravo.

Fonte: G1/RS

Foto: MTE/MPT/PRF


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