Desde a quinta-feira (23), a Escola Estadual Liberato Salzano Vieira da Cunha vem sendo palco de uma polêmica envolvendo uma briga entre alunos motivada por um episódio de preconceito.
O caso que foi parar na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, tomou grandes proporções e repercutiu na Fronteira, ocasionando desde atos de vandalismo nos muros do educandário até uma manifestação pacífica marcada para a próxima segunda-feira (27).
O fatos começaram a surgir quando um dos jovens envolvidos na briga, afirmou ter sofrido mais de um episódio de racismo por parte de outro adolescente. O fato gerou desde dois boletins confeccionados, um deles por injúria, até a revolta da comunidade escolar com o episódio de preconceito.
Neste sábado (25), a escola amanheceu vandalizada com pichações que continham os dizeres "fogo nos racistas", "o diabo sempre" e "bater em nazista até suástica virar cata-vento". Durante a tarde, professores e funcionários do educandário se reuniram e protagonizaram um abraço simbólico nas portas da instituição.
A equipe diretiva leu uma nova esclarecendo o posicionamento da escola, onde afirma, "Não compactuamos de forma alguma com discriminação e preconceito", e diz também que já foram tomadas as medidas cabíveis desde o ocorrido.
Além disso, em sua fala a equipe garantiu que na próxima segunda-feira as aulas serão retomadas com apoio do Ministério Público, da Brigada Militar, do Conselho Tutelar e da 19ª Coordenadoria Regional de Educação, e também deverá ocorrer uma manifestação pacífica contra o racismo, às 8h.
As aulas que foram suspensas na sexta-feira (24), devido a boatos envolvendo um "massacre" no educandário e deixaram alunos e pais temerosos, deverão contar com a presença da Patrulha Escolar da BM não só na segunda, mas durante toda a semana.
Por fim, a direção garantiu que "lugar de aluno é na escola".
Fotos: Lucas Bichinque | Lvto 24h
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